terça-feira, agosto 29, 2006
(ultra)passado
"Que noite esquisita, estou rodeada de gente mas é sozinha que me sinto.
Estou inibida, sei que sim, mas de consciência tranquila e tu?
Sinto que uma descoberta está para acontecer e não será das boas, não... que não seja nada disto!
Uma conversa agradável surge, ajudou o tempo a passar...
Olho...olho... mas não te vejo.
Isto não podes ser tu... ou será que é e eu nunca tinha percebido?
A desilusão está acesa, é raiva e depressão ao mesmo tempo, mas nada que o tempo não cure.
Mais uma lição de vida aprendida, penso para mim: (Nunca penses que conheces verdadeiramente uma pessoa, senão isto nunca vai parar de te acontecer), será mais um ultrapassar de uma amizade perdida.
Mas só quem tem o amargo consegue reconhecer o doce!"
Guardo até hoje este texto, escrito num pedaço de papel, na minha carteira.
Esquisito ter tido vontade de escrever o que estava a acontecer, mas foi o que fiz não sei bem porquê...
Foi uma noite que me marcou.
Hoje nada há mais a dizer, o assunto está como que arrumado.
O rancor não faz parte de mim, nunca fez e é assim que quero que continue a ser.
É uma página virada.
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3 comentários:
Tal como num livro é importante ir-mos virando as páginas, uma a uma, sem voltar atrás...mas também não convém ir ao última e espreitar o índice. Bom regresso ao trabalho!
Tacitus: Sempre com as palavras certas me dizes uma verdade!
Tenho dificuldade talvez em aceitar certas coisas do passado. E por isso em vez de evoluir com ele, por vezes, recuo em vez de prosseguir.
Enfim..são coisas que não se ensinam aprendem-se e pronto!
Beijinhos para ti.
Bom regresso ao trabalho ;)
bem... esse texto que escreveste nessa noite...nem sei como explicar...mas é como se fosse a voz de um pensamento que tive recentemente.Apesar de não saber o que te levou a escrever isso, consigo ter uma leve ideia, mas o que me mexeu náo foi o que te levou a escreve-lo, mas sim o que despertou em mim.Dizem que quando escrevemos sobre o que sentimos, aquilo que escrevemos deixa de ser o nosso sentimento, mas passa a ser o que os outros sentem ou o que neles desperta ao lerem...pois é... em mim o texto que escreveste nessa noite teve esse efeito em mim, como se tu fosses eu proprio a escrever sobre algo que senti em certa noite, neste verão... faltou o papel,o lapis, a inspiração, e talvez o mais importante, a lucidez para traduzir o momento, de forma tâo gráfica, como se de um fotografia à alma se tratasse.Três anos com alguém, e tudo o que foi prégado, defendido e dito, de repente não passa de um fumo sem fogo...antes tivesse sido fogo de artificio, que embora fugaz, sempre nos enche,dá-nos côr, barulho e fica-nos levemente na memôria...agora fmo sem fogo...nem nos aquece.
Não sei o que se passou nessa noite,mas mesmo sem te conhecer tenho os meus palpites, sei que de certeza foi mais doloroso que o que o teu texto me fez reviver, mas como tu dizes "só quem tem o amargo consegue reconhecer o doce!" mas melhor que isso, ficamos a saber de que côr são os frutos amargos da vida, que forma tem a ilusão, o quanto pode durar e o peso que a desilusão tem... O que não nos matou fez-nos, certamente, MAIS FORTES!!! (não te conheço mas tomei a liberdade... utiliza bem a força que ganhaste com esse amargo .... beijinho *
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